quinta-feira, 22 de maio de 2008

Almoço na Colônia - 18 de maio

Paula, Maria Aparecida, Hamilton. Rose, João Acyr e Yara

No dia 18 de maio, parte da família Bonat aproveitou o lindo domingo de sol em Piraquara, participando do evento organizado pelo Circolo Trentino de Curitiba. Após a missa na Igreja Nossa Senhora da Assunção, houve apresentação de cavaleiros, música e dança trentina e italiana, almoço com comida típica, bingo e solenidade que incluiu a entrega de certificado aos descendentes dos imigrantes trentinos fundadores da Colônia de Santa Maria do Novo Tirol, comemorando os 130 anos da imigração. O encontro é organizado anualmente pelo Circolo, no terceiro domingo de maio, sendo essa a 7ª edição. A família Bonat recebeu o certificado simbolicamente, como trentinos, embora não tivesse morado na colônia. Yara, como descendente da família Bernardin recebeu o certificado.

Dentre as famílias homenageadas constam os Orler (Simone Bonat foi casado com Giovanna Orler) e Nicolao (Floriano Nicolao consta da relação de colaboradores).

João Acyr, Yara, Rose e a neta, filha de Ana Tereza, tendo ao centro Ivanor Minatti, presidente do Circolo Trentino de Curitiba.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Inno al Trentino



Si slancian nel cielo le guglie dentate,
Discendono dolci le verdi vallate,
Profumano paschi, biancheggiando olivi
Esultan le messi, le viti sui clivi.

O puro bianco di cime nevose,
Soave olezzo di vividi fior,
Rosseggianti su coste selvose!
Dolce festa di vaghi color!*

Un popol tenace produce la terra,
Che indomiti sensi nel cuore riserra.
Italiaco cuore, italiaca mente;
Italiaca lingua qui parla la gente.

O puro bianco...*

Custode fedele di sante memorie,
Che porti nel cuore sconfitte e vittorie.
Impavido veglia al valico alpino,
O gemma dell'Alpi, amato Trentino.

O puro bianco...*

Hino ao Trentino
Se lançam ao céu os obeliscos dentados
descendem amenos os verdes vales,
perfumam pastos, branquejam olivos,
exultam os brotos, as videiras nos declives.

Oh puro branco de picos nevados,
Suave aroma de vívidas flores,
Agitadas sobre montes selvosos,
doce festa de vagas cores!*

Um povo tenaz produz a terra,
Que bravas sensações no coração encerra,
Itálico coração, itálica mente,
Itálica língua aqui fala a gente.

Oh puro branco...*

Custódio fiel de santas memórias,
Que levas no coração derrotas e vitórias
Impávido vigia sobre o passo alpino,
Oh gema dos Alpes, oh amado Trentino.
Oh puro branco...*

Autores: Ernesta Bittanti Battisti e Guglielmo Bissoli.
Fonte: Wikipédia

Yara

domingo, 4 de maio de 2008

Em Busca da Cidadania II



De acordo com dados da revista Insieme, o Brasil é o maior “país italiano” fora da Itália. No entanto, a Itália parece dar pouca atenção ao potencial que representa essa comunidade de aproximadamente 30 milhões de descendentes. A Itália não possui grandes recursos naturais e a população está envelhecendo (um em cada cinco habitantes tem mais de 65 anos de idade, conforme dados publicados no jornal Gazeta do Povo, em 25/04/08). 

Sabemos que há problemas relacionados aos estrangeiros, em geral, na Europa, principalmente devido à perda de empregos e a ameaças de terrorismo. Entretanto, seria esperado que, pelo menos, a Itália se dispusesse a acolher os descendentes como turistas ou como estudantes, para os quais o passaporte rosso seria muito útil. Não é o que acontece atualmente. Os meios de comunicação citados anteriormente têm destacado as filas que se formam em frente aos consulados da Itália e a demora (décadas) para se conseguir a cidadania. 

Parte da família Bonat solicitou a cidadania italiana e é testemunha da dificuldade para obter algo que, pela lei e pelo sangue, nos é de direito. Após a assinatura do livro do consulado, em 2005, pensamos que tudo estava encaminhado e nos restava “apenas” aguardar na fila... Seria o final de um processo que só se tornou possível com uma lei aprovada em 2000 pelo parlamento italiano, garantindo aos descendentes de trentinos a opção para obter a cidadania jure sanguinis. Porém, dois anos depois, uma parte da nossa família foi surpreendida com a recusa de um dos documentos apresentados, que substituía as certidões de nascimento ou batismo do avô, não localizadas. 

Após meses de novas, cansativas e inúteis pesquisas junto às igrejas e cartórios do Paraná e do Rio Grande do Sul, bem como em microfilmes da Igreja dos Mórmons, acatou-se uma sugestão do Circolo Trentino: fazer uma escritura pública de declaração, com todos os dados do avô, constantes em diversos documentos oficiais, a qual substituiria provisoriamente a certidão que faltava. Ao ser entregue em março do corrente ano, nova decepção: a família precisa apresentar ainda a certidão de desembarque do bisavô italiano no Brasil, pois não mais estava sendo aceita a declaração do Circolo Trentino! Novas pesquisas à vista... Então, em abril, uma última (?) notícia: a escritura pública estava sendo recusada. O que pensar diante de tantas negativas?

Nós resolvemos abrir este espaço para a SUA contribuição com informações e sugestões.

Yara

Fontes:
Revista Insieme nº 109 e 110;
Jornal Gazeta do Povo, 06/04/08 e 25/04/08.

Em Busca da Cidadania III


Paralelamente às dificuldades impostas pelos italianos, cabe também lembrar que todos nós, direta ou indiretamente, temos uma parcela de responsabilidade neste processo. 


Sabemos que fotografias e documentos foram perdidos porque não lhes foi atribuída importância naquele momento da vida familiar e pessoal. 
Relatos dos pais e avós, com tantas e preciosas informações e histórias, ficaram parcialmente registrados em nossa memória ou foram totalmente esquecidos.
As lembranças que ainda nos restam precisam ser escritas, fotos e documentos devem ser preservados, de modo que as futuras gerações tenham acesso à memória de nossa família.

E, como cidadãos, precisamos nos mobilizar para que as instituições do nosso país não menosprezem o passado, não trancafiem informações ou simplesmente joguem documentos no lixo. Neste sentido, se alguém souber, por exemplo, onde encontrar a lista completa dos trabalhadores que construíram a ferrovia Curitiba-Paranaguá, por gentileza, nos avise... 
Museus, bibliotecas, arquivos públicos ou privados: há muito trabalho a ser feito, gavetas e prateleiras a serem reviradas.

Muitas pessoas consideram importante resgatar a história de nossa família como um reconhecimento à luta de nossos antepassados, além de facilitar a busca da cidadania italiana. Se pudermos construir isso coletivamente, compartilhando memórias e informações, será muito mais fácil e gratificante!

Yara